quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Palestra de Yoga

Palestra - entrada livre - Asanas, Posturas de yoga para rejuvenescer - 13 de Março de 2010 pelas 16:30

Infelizmente nesta palestra não garanto que fique como o colega na foto. Mas terá uma explicação desta técnica de yoga com detalhe dos pormenores e vantagens para o aumento de realaxamento  e diminuição de cansaço.

Existem cada vez mais médicos e terapeutas a recomendar a prática de yoga para aumentar a energia e vitalidade dos seus pacientes. Nesta sessão iremos abordar o aspecto mais físico, a correcção da coluna e os seus benificios directos (posturais) e indirectos (sobre os órgãos cansados).

Caso existam interessados iremos também ver uma breve introdução do sistema de chakras e as suas manifestações nas emoções e efeitos directos na sua aura.

Entrada livre, por motivos de organização inscreva-se aqui : http://www.serinteiro.com/blog/archives/635

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Yamas nos asanas

Alguns apontamentos para a prática:

Ahimsa é o logotipo de uma marca, mas também é uma palavra composta que pode ser interpretada: A - não, e Himsa - magoar. Algumas escolas referem que Ahimsa seja a prática de não violência por pensamentos, palavras e acções.

Outras escolas relacionam a palavra himsa à palavra leão. Sendo então ahimsa a prática de não agir como o leão. Alguns de nós aprenderam a responder com amor perante o confronto. Isso é muito difícil para mim, mas a proposta de ahimsa é diferente. Em vez de amor, convida-nos a abnadonar a negativadade, a parar quando a acção ainda não é construtiva. A violência apenas gera violência. No entanto talvez devessemos reflectir sobre o que é ser violento com os outros mas também para com o próprio. Permitir que decorra violência contra si ou outros, não é ahimsa.

Por mais de uma vez observo que na minha prática luto contra o corpo em vez de render-me ao facto que não estou preparado para a prática a que me proponho. É nessa altura que é bom recordar ahimsa, e ser mais atentos ao que fazemos.

Satya pode ser interpretado como verdade ou modernamente como não mentir. Representa a prática de ser verdadeiro por pensamentos, palavras e acções com os outros e também com o próprio. Mas mais de uma vez que penso estar a falar a verdade, estou apenas a ver o meu ponto de vista. É importante ver sempre o ponto de vista dos outros e a minha atitude interior.


 Existe um conto que nos recorda isto:
" Durante muitos anos um praticante meditou no cimo da montanha. Certo dia ele soube que o rei iria fazer-lhe uma visita para pedir uma benção. Olhou em volta e viu que a sua gruta estava cheia de pó. Começou então a limpar cuidadosamente cada pedaço de pedra e cada cantinho escondido. Quando acabou sentiu-se bem. O rei estava a chegar e o praticante olhou para dentro de si. Reconheceu a verdade no que estava a fazer e sorriu. Pegou numa mão cheia de pó e espalhou por toda a sua gruta. O rei ficou indignado com a conducta do praticante, mas conta a lenda que no topo da montanha mais alta todos sorriram ao verem a cena através do olho da mente que não conhece limites. O mais sábio então disse:
- E hoje foi feita a melhor oferenda de todo o mundo, a honestidade."

Por mais de uma vez a prática é difícil, então ... faço batota. Levanto um pouco aqui, dobro menos ali e estico acolá. Sem que a prática não está correcta, mas ninguém mais sabe isso e permite-me aguentar o ritmo dos outros. É nessa altura que recordo satyas e reconheço os meus limites para que com o tempo possa expandi-los mais de forma gradual e progressiva.

Asteya pode ser interpretado por não roubar, refere-se ao roubar por ter a certeza que não serei capaz de produzir resultados que necessito. Roubo porque penso que não existe abundância no Cosmos ou que não existe para todos os seres na proporção que desejamos. Trabalha as raízes dos meus medos mais profundos que geram o apego e a ganância em todas as suas manifestações.

Sinto que isso acontece quando me poupo ao esforço, quando roubo a perfeição da postura por temer não ter energia para a próxima. Mas numa prática equilibrada cada postura prepara a próxima. Só não dou o máximo quando me esqueço disso.
Muitos colegas referem que os conceitos misturam-se e citam satyas-astyea como um yama.

Um conto interessante. Por muito tempo um velho praticante meditou só. Então um dia foi a uma festa ter com outros praticantes. Sentou-se na mesa e qguardou que chegasse a sua vez de ser servido. Enquanto esperava observou que estavam a servir grandes porções de yogurt e começou a seguir com mais atenção o percurso das pessoas que serviam. Reparou que era como suspeitava, as porções eram grandes demais e o seu coração começou a bater mais rápido para cada pessoa que era servida. A sua vez estava perto, mas as porções que davam eram tão generosas. Ainda mergulhado neste inferno privado começaram a servi-lo e foi nesse momento que reconheceu o seu apego. Virou a taça ao contrário e anunciou publicamente de forma arrependido o que pensara e disse que como penitência iria ter mais disciplina e abster-se da sua parte pois a sua mente egoísta já comera a parte que lhe competia. O praticante mais antigo sorriu e colocando a mão no ombro do seu velho professor fez sinal para trazerem o resto do yogurte. O velho nem acreditou no desfile interminável de taças que via na sua frente. Ambos sorriram como percebendo novamente a piada que a vida tem e comeram muito yogurte com a certeza de que ninguém ia passar fome.

Brahmacharya pode ser interpretado como não desperdiçar a energia sexual embora para algumas escolas seja ser celibatário para outras este conceito significa estar em todas as actividades em união com o Cosmos.
Na prática recordo este conceito usando o mínimo de energia para atingir o máximo resultado. Cultivo a energia interior e ela floresce desde a pélvis ao coração.

Aparigraha pode ser interpretado como ser desapegado. Diferente de asteya, que refere-se ao acto de roubar originado pela crença numa falta de abundância. Aparigraha é a ganância que é semente da inveja.

Em vez de procurar perceber o universo que sou invejo os outros. Aparigraha permite redescobrir aquilo que sou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Viparita Karani Asana

Este asana pode ser interpretado como:
Viparita (invertida)  Karani (acção ou fonte).
Sendo então a postura de fonte invertida ou mais normalmente a designação de algumas escolas para a técnica de postura invertida em função da antiguidade da pessoa que pratica e do objectivo a desenvolver. De acordo com este ponto de vista mesmo o sarvangasana pode ser visto como Rajas-Viparita-Karani-Asana pelo praticante mais experiente.

O viparitakaraniasana é uma postura de rendição, de observar o nosso universo interior e comunicar a mente com as zonas do corpo que estão fechadas. Os dentes e lábios não se tocam, a lingua repousa sem esforço.É um asana importante pela sua permanência.

Na imagem acima abraçamos o conceito da prática ser fácil, convidativa e revigorante.

Abaixo vamos descrever uma forma de desenvolver o trabalho em yoga assistido a pedido de algumas pessoas que demonstraram interesse.

Nesta figura o praticante está a utilizar o peso do corpo. Apoiando o pé do receptor no seu ombro, mas caso queira permanecer nesta técnica vai começar a sentir-se um pouco desconfortável. É uma opção válida caso queiremos desenvolver  um trabalho de melhoria de flexibilidade e realinhamento do joelho do receptor.




Outra possibilidade seria o praticante assumir um virabadrasana partindo de vajrasana

Esta técnica é um pouco diferente. Aqui já temos também em conta o espaço físico que rodeia o receptor. Exige então que o praticante mantenha a coluna direita e será mais apropriada para um trabalho de alongamento com um receptor mais experiente, que não necessite de ser lembrado várias vezes que a perna tem de estar esticada. O praticante pode então optar por usar os deus dedos, antebraço ou cotovelo para desbloquear os pontos de energia do pé do receptor.

Diplomas


Homeopata-Naturopata
Instrutor de yoga